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Avatar de Aline Valek

Ana, eu gosto muito do que você escreve e é uma alegria agora te ler no meu email. Às vezes textos são como esses bolsinhos secretos da mochila. A gente encontra neles algo que estava procurando, mas que, de alguma forma, a gente já carregava com a gente, de um lado para o outro, sem saber.

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Avatar de Cayo Gomes

Além de perder objetinhos eu tenho dificuldades enormes de encontrar coisas, mesmo que não estejam perdidos. Quero um colírio, um cortador de unhas ou uma tesoura. Procuro, procuro e não acho. O que, no final das contas, colocá-los todos no grupo dos objetos perdidos. Se não achei, está perdido. Mas são, de algum modo, de categorias diferentes. Ou não. Ainda não sei bem.

Agora, o que me chamou muito a atenção no seu texto é, talvez, uma terceira categoria. A de objetos perdidos, mas que estavam no lugar certo. O que me faz pensar, se, nesse caso, perdido estavam os objetos ou eu?

Inevitavelmente lembrei de Clarice:

"Quando eu não sei onde guardei um papel importante e a procura revela-se inútil, pergunto-me: se eu fosse eu e tivesse um papel importante para guardar, que lugar escolheria? Às vezes dá certo. Mas muitas vezes fico tão pressionada pela frase "se eu fosse eu", que a procura do papel se torna secundária, e começo a pensar, diria melhor sentir."

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